"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A Certeza da Salvação

A Certeza da Salvação
“O próprio Espírito testifica como o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16).

A certeza da salvação está fundamentada, primeiro: na verdade divina das promessas de salvação; segundo: na evidência interna das graças às quais são feitas essas promessas; e terceiro: no testemunho do Espírito de adoção, testemunhando com o nosso espírito que somos filhos de Deus. “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos Aba, Pai. O próprio Espírito testifica como o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.15,16).

“Ainda que os hipócritas, bem como outras pessoas não regeneradas, inutilmente se enganem com falsas esperanças e carnal presunção de serem alvos do favor divino e estado de salvação, esperança que perecerá, contudo os que creem realmente no Senhor Jesus e o amam sinceramente, envidando todo esforço por andar em toda sã consciência diante dele, podem nesta vida estar plenamente certos de que estão em estado de graça e podem regozijar-se na esperança da glória de Deus, esperança esta que jamais os envergonhará” (CFW XVIII.§1).

Pode-se distinguir essa convicção legítima daquela vã e presunçosa confiança que é uma ilusão de satanás, distinção que pode ser notada pelas seguintes provas: 1) A verdadeira segurança gera humildade, sem fingimento; a falsa segurança gera orgulho espiritual (Gl 6.14); 2) A verdadeira conduz à crescente diligência na prática da santidade; a falsa conduz à indolência e a permissividade (Sl 51.13,14); 3) A verdadeira conduz ao sincero auto-exame e desejo de ser sondado e corrigido por Deus; a falsa conduz a uma disposição de se satisfazer com a aparência e de se evitar a acurada investigação (Sl 139.23,24); 4) A verdadeira conduz a perenes aspirações por mais íntima comunhão com Deus (1Jo 3.2,3). 

O Espírito Santo dá aos redimidos do Senhor, especialmente ao que se destaca por sua diligência e fidelidade a graça da iluminação espiritual, para que possua uma penetrante percepção em seu próprio caráter, para que julgue a real autenticidade de suas próprias graças, para que interprete corretamente as promessas e os caracteres aos quais se limitam nas Escrituras; de modo que, comparando o padrão externo com a experiência interna, extraia conclusões corretas e inquestionáveis. Amém!

Pr. José Rodrigues Filho

*Confissão de Fé de Westminster Comentada, A.A.Hoge – Editora Os Puritanos.

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sábado, 18 de fevereiro de 2017

É Possível Perder a Salvação?

É Possível Perder a Salvação?
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jr 17.9).

Se o salvo não pode cair do estado de graça, e perder a salvação, como é que vemos pessoas que professam a fé cristã se afastarem do evangelho? Não há exemplos, na própria Bíblia, de pessoas que perderam a salvação? Não; não há. O que temos que reconhecer, é que a profissão de fé cristã, sim, pode ser apenas aparente. Ninguém, a não ser o Senhor, conhece o coração do homem, que é enganoso. As palavras de Jeremias servem de alerta: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jr 17.9). Só Deus esquadrinha o coração e prova os pensamentos. Só Ele sabe com certeza absoluta o estado espiritual de alguém. A aparente piedade pode esconder um coração não regenerado. Um cooperador na obra apostólica pode ocultar um coração amante do mundo. A aparência de ovelha pode não passar de um disfarce que oculta lobos vorazes. Alguém aparentemente muito ativo e que demonstra muito poder espiritual pode ser um total desconhecido de Cristo. Atentem para as palavras de Jesus no Sermão do Monte: o princípio geral é válido: .... pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.20). Mas é preciso ter cautela por causa dos “falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” (Mt 7.15). É trágico, mas é verdade: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade” (Mt 7.21-23). Tais pessoas foram enganadas pelo próprio coração e pelo diabo. Profetizaram, curaram e expeliram demônios em nome de Cristo; contudo, tudo não passou de práticas iníquas. Enganaram muitos; enganaram a si mesmos; mas não enganaram aquele que perscruta o coração. “Surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos”, advertiu o Senhor Jesus (Mt 24.24). Portanto, não nos deixemos enganar: os que apostatam, não se apartaram da graça salvadora, mas da graça comum da influência evangélica, pois nunca se converteram realmente. Medita nestas coisas! 

Rev. Paulo Anglada

*Calvinismo: As Antigas Doutrinas da Graça, P. Anglada – Editora Os Puritanos

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Perseverança dos Santos

Perseverança dos Santos
“Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jr 32.40).

Deus dirige as ações do Seu povo e assegura o seu perseverante estado de santidade de um modo perfeitamente compatível com a liberdade conquistada em Cristo Jesus. Quando Deus nos introduz na condição de filhos pela adoção, cerca-nos de todos os meios santificadores. E se cairmos em pecado, Ele nos disciplina zelosamente e nos restaura. Este fato é provado pelas Escrituras, pela consciência e experiência de todo filho de Deus. Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade” (Hb 12.4-10). Deus age poderosamente nos Seus filhos garantindo a vitória na luta contra o pecado. A doutrina bíblica da perseverança dos santos não ensina que o homem que uma vez creu tem segura a salvação, sejam quais forem os seus sentimentos e os seus atos subsequentes. Ela não promove o descuido e a imoralidade; muito pelo contrário, por ela somos advertidos que Deus só garante a salvação final daqueles que foram verdadeiramente unidos a Cristo pela fé, assegurando, pelo poder do Espírito Santo, a sua perseverança, perfeitamente livre, no temor do Senhor até ao fim. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jr 32.38-40). Medita nestas coisas!

Rev. José Oliveira Filho

*Esboços de Teologia, A.A.Hodge – Editora PES

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Graça Soberana

Graça Soberana
“Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte” (Jr 29.13,14).

Exatamente por ser a graça de Deus um favor imerecido, exerce-se necessariamente de maneira soberana. Deus não está sob nenhuma obrigação para com nenhuma de Suas criaturas, e menos ainda para com os que estão em flagrante rebeldia contra Ele. O SENHOR declarou a Moisés: “Farei passar toda a minha bondade diante de ti e te proclamarei o nome do SENHOR; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer” (Êx 33.19). Cientes que a bondade, a misericórdia e a graça são “dons”, que direito temos de dizer a Deus a quem Ele deve doá-los? Deus não recusa mudar a sorte de quem O busca de todo o coração e de acordo com as Suas prescrições: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte” (Jr 29.13,14). Mas, se de um mundo impenitente e incrédulo Deus resolveu exercer o Seu direito soberano de escolher um número limitado de pessoas para serem salvas, quem poderá dissuadi-Lo? Estará Deus obrigado a impor o Seu dom aos que não lhe dão valor? Estará Deus forçado a salvar quem está determinado andar no conselho dos ímpios, no caminho dos pecadores, na roda dos escarnecedores? Nada enraivece mais o homem caído e mais contribui para trazer à tona a sua inata e inveterada inimizade contra Deus, do que proclamar a absoluta soberania da graça divina. Dizer que Deus é livre, que formou Seu propósito desde a eternidade, sem nenhuma consulta a criatura, é demasiadamente humilhante para o homem orgulhoso e prepotente. Dizer que a graça não pode ser adquirida ou conquistada pelo esforço humano, esvazia demais o ego dos que confiam em sua justiça própria. E o fato de que a graça especial e distintiva separa os que Deus quer, para serem os objetos do Seu favor, provoca ainda mais acalorados protestos do homem rebelde e arrogante. O barro se levanta contra o Oleiro e pergunta: “Por que Tu me fazes assim?” “Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça” (Is 45.9). Medita nestas coisas!

Rev. José Oliveira Filho

*Os Atributos de Deus, A.W.Pink – Editora PES

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